Por: Zilda Sousa
“Agir salva Vidas!”
"Informando para prevenir"
Segundo as informações da “Paho.org”, “desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.”
Existem registros de mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo, constatando que o registro entre os jovens tem aumentado significativamente.
Em relação aos números, cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, sendo que em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Observando esses números, não podemos ligar e tão pouco afirmar que todo suícido relaciona-se a uma doença mental, e nem que toda pessoa acometida por uma doença mental irá cometer um suícido, mas é confirmado que, a doença mental é um importante fator de risco.
Devemos tratar com seriedade e importancia uma tentativa de suicídio, pois pode ser um modo inadequado, de pedir socorro, porém existe alguma mensagem a ser trabalhada, sendo necessário buscar entender o sofrimento da pessoa.
Principais fatos
Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos.
Os dois principais fatores a serem observados, são a tentativa prévia e a presença de transtornos mentais, mas outros fatores também estão associados ao índice de suícidio.
Para cada suicídio cometido, há muito mais pessoas que tentam o suicídio a cada ano.
O suicídio é a segunda principal causa de morte de jovens com idade entre 15 e 29 anos, em todo o mundo (2016)
79% dos suicídios no mundo ocorrem em países de baixa e média renda (2016)
Ingestão de pesticidas, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de suicídio em nível global.
Para que possamos agir adequadamente é preciso estar atentos aos fatores de risco, conhecer e saber como lidar com eles, além de estarmos dispostos a prestar auxílio.
Destaco abaixo alguns dos principais fatores, que podem aumentar o risco de suicidio.
Abuso sexual na infância
Alta recente de internação psiquiátrica
Doenças incapacitantes
Impulsividade/Agressividade
Isolamento Social
Suicídio na família
Tentativa prévia
Doenças mentais
Uso de álcool e outras drogas
Desesperança, desespero, desamparo: busca de sentido existencial, razão para viver
Falta de habilidade de resolução de problemas
Isolamento social, ausência de amigos íntimos
Possuir acesso a meios letais
Impulsividade
Doenças clínicas não psiquiátricas
Eventos adversos na infância e na adolescência
Histórico familiar e genética
Fatores sociais
O gráfico abaixo, representa os principais transtornos mentais existentes
Todo suícidio é considerado uma tragédia que afeta famílias, comunidades e países inteiros, e seus efeitos são duradouros sobre as pessoas deixadas para trás, ele pode ocorrer a qualquer momento de uma vida.
Pelo site do setembroamarelo.com, “é considerado um grave problema de saúde pública; no entanto, os suicídios podem ser evitados em tempo oportuno, com base em evidências e com intervenções de baixo custo. Para uma efetiva prevenção, as respostas nacionais necessitam de uma ampla estratégia multissetorial.”
Existem diversos materiais de uso público, que estão disponíveis na página do setembro amarelo, que auxiliam a esclarecer, prevenir e auxiliar em casos de suicidio.
Posvenção do suícido
Segundo a cartilha “Suicídio - Informando para previnir”; o luto do suicidio descreve o período de ajustamento à uma morte por suícidio que é experimentado por membros da família, amigos e outros contatos do falecido que são afetados pela perda.
Nos EUA os indivíduos afetados são descritos como “sobreviventes de suicídio ” ou sobreviventes por perda de suicídio, a posvenção inclui as habilidades e estratégias para cuidar de si mesmo ou ajudar outras pessoas a se curar após essa experiência.
Abaixo algumas informações importantes sobre
“Principais fatores de risco associados ao comportamento suicida”
Mitos sobre o suicidio
Os fatores abaixo relacionados a vida de uma pessoa, podem atuar como proteção para o suicídio.
Ausência de doença mental
Autoestima elevada
Bom suporte familiar
Capacidade de adaptação positiva
Capacidade de resolução de problemas
Estar empregado
Realização de pré-natal
Laços sociais bem estabelecidos com amigos e familiares
Relação terapêutica positiva
Frequência a atividades religiosas
Ter sentido existencial
Senso de responsabilidade com a família
Ter crianças em casa
Para a prevenção
Toda pessoa tem alguns fatores protetivos e alguns fatores de risco para o suicídio. Sendo assim, na prevenção ao suicídio, várias medidas podem ser tomadas para aumentar os fatores de proteção e diminuir os de risco.
Aumentar contato com familiares e amigos
Buscar e seguir tratamento adequado para doença mental
Envolvimento em atividades religiosas ou espirituais
Iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado para a pessoa, como trabalho voluntário e/ou hobbies
Reduzir ou evitar o uso de álcool e outras drogas
Busque auxílio
Ligue 188 - Centro de valorização da vida (CVV); disponíveis 24h
Marque uma Consulta com um Psiquiatra ou psicólogo
Ligue 192 - SAMU; em caso de emergência
Vamos investir na prevenção, atuar para que mais pessoas tenham acesso às informações e assim contribuir para ajudarmos uns aos outros.
Fontes
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