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Prevenção ao Suícidio - “Setembro Amarelo”

Atualizado: 10 de set. de 2021

Por: Zilda Sousa


“Agir salva Vidas!”

"Informando para prevenir"


Segundo as informações da “Paho.org”, “desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.”

Existem registros de mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo, constatando que o registro entre os jovens tem aumentado significativamente.

Em relação aos números, cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, sendo que em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Observando esses números, não podemos ligar e tão pouco afirmar que todo suícido relaciona-se a uma doença mental, e nem que toda pessoa acometida por uma doença mental irá cometer um suícido, mas é confirmado que, a doença mental é um importante fator de risco.

Devemos tratar com seriedade e importancia uma tentativa de suicídio, pois pode ser um modo inadequado, de pedir socorro, porém existe alguma mensagem a ser trabalhada, sendo necessário buscar entender o sofrimento da pessoa.


Principais fatos

Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos.

Os dois principais fatores a serem observados, são a tentativa prévia e a presença de transtornos mentais, mas outros fatores também estão associados ao índice de suícidio.

Para cada suicídio cometido, há muito mais pessoas que tentam o suicídio a cada ano.

  • O suicídio é a segunda principal causa de morte de jovens com idade entre 15 e 29 anos, em todo o mundo (2016)

  • 79% dos suicídios no mundo ocorrem em países de baixa e média renda (2016)

  • Ingestão de pesticidas, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de suicídio em nível global.


Para que possamos agir adequadamente é preciso estar atentos aos fatores de risco, conhecer e saber como lidar com eles, além de estarmos dispostos a prestar auxílio.

Destaco abaixo alguns dos principais fatores, que podem aumentar o risco de suicidio.

  • Abuso sexual na infância

  • Alta recente de internação psiquiátrica

  • Doenças incapacitantes

  • Impulsividade/Agressividade

  • Isolamento Social

  • Suicídio na família

  • Tentativa prévia

  • Doenças mentais

  • Uso de álcool e outras drogas

  • Desesperança, desespero, desamparo: busca de sentido existencial, razão para viver

  • Falta de habilidade de resolução de problemas

  • Isolamento social, ausência de amigos íntimos

  • Possuir acesso a meios letais

  • Impulsividade

  • Doenças clínicas não psiquiátricas

  • Eventos adversos na infância e na adolescência

  • Histórico familiar e genética

  • Fatores sociais


O gráfico abaixo, representa os principais transtornos mentais existentes



Todo suícidio é considerado uma tragédia que afeta famílias, comunidades e países inteiros, e seus efeitos são duradouros sobre as pessoas deixadas para trás, ele pode ocorrer a qualquer momento de uma vida.

Pelo site do setembroamarelo.com, “é considerado um grave problema de saúde pública; no entanto, os suicídios podem ser evitados em tempo oportuno, com base em evidências e com intervenções de baixo custo. Para uma efetiva prevenção, as respostas nacionais necessitam de uma ampla estratégia multissetorial.”

Existem diversos materiais de uso público, que estão disponíveis na página do setembro amarelo, que auxiliam a esclarecer, prevenir e auxiliar em casos de suicidio.


Posvenção do suícido

Segundo a cartilha “Suicídio - Informando para previnir”; o luto do suicidio descreve o período de ajustamento à uma morte por suícidio que é experimentado por membros da família, amigos e outros contatos do falecido que são afetados pela perda.

Nos EUA os indivíduos afetados são descritos como “sobreviventes de suicídio ” ou sobreviventes por perda de suicídio, a posvenção inclui as habilidades e estratégias para cuidar de si mesmo ou ajudar outras pessoas a se curar após essa experiência.

Abaixo algumas informações importantes sobre

“Principais fatores de risco associados ao comportamento suicida”


Mitos sobre o suicidio





































Os fatores abaixo relacionados a vida de uma pessoa, podem atuar como proteção para o suicídio.

  • Ausência de doença mental

  • Autoestima elevada

  • Bom suporte familiar

  • Capacidade de adaptação positiva

  • Capacidade de resolução de problemas

  • Estar empregado

  • Realização de pré-natal

  • Laços sociais bem estabelecidos com amigos e familiares

  • Relação terapêutica positiva

  • Frequência a atividades religiosas

  • Ter sentido existencial

  • Senso de responsabilidade com a família

  • Ter crianças em casa


Para a prevenção

Toda pessoa tem alguns fatores protetivos e alguns fatores de risco para o suicídio. Sendo assim, na prevenção ao suicídio, várias medidas podem ser tomadas para aumentar os fatores de proteção e diminuir os de risco.


  • Aumentar contato com familiares e amigos

  • Buscar e seguir tratamento adequado para doença mental

  • Envolvimento em atividades religiosas ou espirituais

  • Iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado para a pessoa, como trabalho voluntário e/ou hobbies

  • Reduzir ou evitar o uso de álcool e outras drogas


Busque auxílio

  • Ligue 188 - Centro de valorização da vida (CVV); disponíveis 24h

  • Marque uma Consulta com um Psiquiatra ou psicólogo

  • Ligue 192 - SAMU; em caso de emergência


Vamos investir na prevenção, atuar para que mais pessoas tenham acesso às informações e assim contribuir para ajudarmos uns aos outros.


Fontes



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