Como o diário de uma menina pode nos ajudar a compreender a nossa história!
Por: Maria Lúcia Rangel da Silva.
Formada em História pela UERJ, pós graduada em Psicopedagogia,
Supervisão Escolar e Orientação Educacional, atuou em Instituições de ensino das redes municipal e particular do RJ, como o Colégio de São Bento, onde foi Coordenadora por 12 anos. Apaixonada pelas Infâncias, Educação, viagens e pôr do sol, atua como Orientadora Educacional da Educação Infantil no Colégio La Salle Abel, em Niterói, desde 2018, ano da implantação do segmento.
Anneliese Frank nasceu em Frankfurt em 12 de junho de 1929. Diante de uma situação
econômica pouco favorável na Alemanha, Anne e sua família judia se mudaram para
Amsterdã, onde seu pai montou um pequeno negócio. Em setembro de 1939, teve início a 2a
Guerra Mundial e, meses mais tarde, a invasão da Holanda.
Anne tinha, à época, 10 anos. Deu-se conta da introdução de leis e regulamentos que
limitavam a vida do povo judeu. Quando a irmã de Anne, Margot, foi convocada pela SS
(polícia militar do regime nazista) para “trabalhar”, em 1942, a família começou a desconfiar
de perseguição e decidiu se esconder no Anexo Secreto. De lá, Anne escreveu seu diário,
importante registro do regime nazista, que matou aproximadamente seis milhões de judeus,
ciganos, pessoas com deficiência e opositores políticos. Oito pessoas viveram neste esconderijo por aproximadamente dois anos sem poder fazer nenhum tipo de barulho ou sinal.
Desejosa de ser uma grande escritora, escreveu um diário, hoje lido em várias línguas, no qual
se vê o desabrochar de uma adolescente e as barbáries de um sistema que se baseava no ódio
e no desrespeito aos diferentes.
A família foi cuidada, entre outras pessoas, por uma mulher chamada Miep Gies que levava
alimentos à família. Foi ela quem achou o diário de Anne, quando, em 1944, o esconderijo foi
descoberto pelos nazistas. Miep guardou-o e, anos mais tarde, entregou ao pai da menina,
Otto Frank, único sobrevivente do Anexo Secreto, que resolveu publicá-lo a fim de cumprir a
vontade da filha.
Anne morreu em 1945, com 15 anos, no campo de concentração de Bergen-Belsen, Alemanha.
Tamanha é sua importância histórica que algumas escolas públicas no Rio de Janeiro e em São
Paulo levam seu nome. Tendo sua vida ceifada aos 15 anos, Anne permanece nos inspirando e
nos ensinando principalmente no que se refere ao respeito pela vida e à resiliência.
Ter estado na rua Prinsengracht, número 263, Amsterdã, foi uma das experiências mais
marcantes que tive na vida. Pisar na mesma casa em que Anneliese Frank esteve escondida
com sua família e com outras quatro pessoas foi inesquecível.
“Apesar de tudo, eu ainda creio na bondade humana”. (Anne Frank)
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